Câncer de pele: como diferenciar manchas perigosas
O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente no Brasil, especialmente em regiões com alta incidência solar. A boa notícia é que, quando identificado precocemente, ele apresenta grandes chances de cura e tratamento eficaz.
Apesar disso, muitas pessoas têm dificuldade em distinguir manchas normais de sinais preocupantes. Por isso, saber o que observar pode fazer toda a diferença. Neste artigo, vamos explicar como identificar sinais suspeitos e quando procurar um dermatologista.
O que é o câncer de pele?
Tipos mais comuns
Existem três principais tipos de câncer de pele, cada um com características distintas:
- Carcinoma basocelular: é o mais frequente. Costuma crescer lentamente e raramente se espalha para outros órgãos, mas pode causar deformações se não for tratado.
- Carcinoma espinocelular: é mais agressivo que o basocelular e pode evoluir para metástase se não for removido.
- Melanoma: o mais raro, porém o mais perigoso. Tem alto risco de se espalhar rapidamente pelo corpo, tornando o diagnóstico precoce essencial.
Causas e fatores de risco
O principal fator de risco para o câncer de pele é a exposição solar excessiva sem proteção adequada. No entanto, outros elementos podem contribuir, como:
- Pele clara ou sensível ao sol
- Histórico familiar da doença
- Grande quantidade de pintas ou sardas
- Envelhecimento natural da pele
Como identificar manchas perigosas
Regra do ABCDE
A Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda usar a regra do ABCDE como guia para identificar lesões suspeitas:
- A – Assimetria: uma metade da mancha é diferente da outra.
- B – Bordas: contorno irregular, mal definido.
- C – Cor: presença de mais de uma cor ou coloração incomum.
- D – Diâmetro: lesões com mais de 6 mm devem ser avaliadas.
- E – Evolução: qualquer mudança recente em tamanho, formato ou cor é sinal de alerta.
Outros sinais de alerta
Além da regra do ABCDE, fique atento a:
- Feridas que não cicatrizam em semanas.
- Manchas com crostas, que sangram, coçam ou causam dor.
- Lesões em áreas expostas como rosto, pescoço, braços e orelhas.
Esses sinais devem motivar uma consulta dermatológica o quanto antes.
Diagnóstico e exames
Consulta com dermatologista
O diagnóstico começa com uma avaliação clínica detalhada da pele. O dermatologista pode usar um dermatoscópio, um equipamento que amplia a visão da lesão e ajuda a analisar detalhes invisíveis a olho nu.
É importante manter o hábito de realizar check-ups anuais, principalmente para quem tem pele clara, histórico familiar ou trabalha ao ar livre.
Biópsia e confirmação
Se houver suspeita, o médico pode solicitar uma biópsia, que consiste na remoção de parte ou da totalidade da lesão para análise laboratorial.
A biópsia é o único exame que pode confirmar o diagnóstico de câncer de pele e indicar o tipo específico da lesão.
Tratamentos disponíveis
O tratamento depende do tipo, localização e estágio da lesão:
- Cirurgia: é o método mais comum, especialmente em estágios iniciais.
- Radioterapia: indicada para casos localmente avançados ou quando a cirurgia não é viável.
- Imunoterapia e medicamentos tópicos: utilizados para determinados tipos ou quando o câncer é mais agressivo.
- Melanoma: pode exigir cirurgia mais extensa, exames complementares e tratamento sistêmico.
Quanto antes o tratamento começar, maiores as chances de sucesso e menores os riscos de complicações.
Prevenção é o melhor caminho
A prevenção do câncer de pele começa com a proteção solar diária, mesmo em dias nublados. Outras medidas incluem:
- Usar protetor solar com FPS 30 ou superior, reaplicando a cada 2 horas.
- Evitar exposição entre 10h e 16h, quando o sol é mais forte.
- Usar chapéus, roupas com proteção UV e óculos escuros.
- Fazer autoexames periódicos e consultar um dermatologista anualmente.
Conclusão
O câncer de pele pode ser silencioso, mas dá sinais. Conhecer e observar seu próprio corpo é uma forma poderosa de prevenção. Ao menor sinal de mudança ou suspeita, procure orientação médica.
O acompanhamento com um dermatologista é essencial para garantir um diagnóstico precoce e seguro. Sua pele merece atenção — e cuidar dela pode salvar vidas.
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